08/04/2012 22h48
- Atualizado em
09/04/2012 20h40
Arctic Monkeys fecha palco principal com consagração de Alex Turner
Vocalista mostra que é o melhor frontman do rock de sua geração.
Segunda noite do Lollapalooza teve 60 mil pessoas, segundo organização.
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Para se ter uma ideia da intensidade da apresentação do Monkeys, em meia hora a banda já havia apresentado dez músicas. O que pede atenção neste show é que o registro não é desta ou daquela música, mas do conjunto da obra. Impressionante, para uma banda sem hits presentes nas estações de rádio - ao menos nas daqui. Estão representados o punk, o rock usualmente chamado de alternativo, o garage rock, stoner rock...
Ao todo, foram 21 músicas, começando com "Don't sit down 'cause I've moved your chair", do último álbum, e intercalando ainda outras novidades e as mais antigas, até chegar a "Fluorescent adolescent" e "505", do segundo disco, no bis.
Logo após o primeiro número mostrado pelo quarteto britânico, que ao vivo ganha reforço de um tecladista, veio uma sequência de cinco canções que mostraram estar no senso de dinâmica um dos pontos fortes da banda britânica. "Teddy Picker", "Crying Lightning", "The Hellcat Spangled Shalalala", "Library Pictures" e "Brianstorm" ofereceram uma amostra, mesmo para os não familiarizados com o Arctic Monkeys, de que ali está um grupo com noção clara da por vezes banalizada estratégia "claro-escuro": passagens mais contidas - até onde isso é possível, aqui - alternando-se com refrãos fortes.
Cantar junto com o vocalista não é tarefa simples, mas a audiência se empenhava. Ocorre que Alex Turner dispara, não raro, uma quantidade considerável de palavras a cada verso, o que torna ainda mais digno de nota o fato de ele, ao mesmo tempo, se encarregar das guitarras mais marcantes do Monkeys. Não se trata de um virtuose, seja do instrumento ou da voz, mas de alguém com controle ideal sobre seus melhores atributos.
O Arctic Monkeys sai do palco Cidade Jardim do Lollapalooza BR às 22h48. Não será a reputação da banda que fará este show permanecer na lembrança. Ou o tempo que tardaram a regressar desde a visita anterior, anos atrás. Esta apresentação sobreviverá, precisamente, pelo que Alex Turner deu a ver ao longo de pouco menos de uma hora e meia e duas dezenas de músicas.
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